terça-feira, 31 de agosto de 2010
sem mistérios.
Eu não tenho mais essência que se prenda ao meu interior, e que seja o meu mistério. Tudo agora me é desprendido e jogado a qualquer ombro falsamente amigo.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
como um gato
Como um gato, com a certeza de um amanhã preguiçoso, talvez eu não consiguisse me preencher. Escalaria, pois, todos os muros do meu ser, para chegar até o outro lado de mim.
domingo, 15 de agosto de 2010
perdida, constelação
Estava tudo aqui perto, mas olhei para cima e a paisagem do céu escurecido com sua constelação em suspensão, sugou qualquer coisa que estivesse ao meu lado ou dentro da minha mente. Então, agora, eu finjo a existência de um sentido qualquer, somente para não sobrecarregar a minha mente com pensamentos revoltados contra a minha natureza que se perde com qualquer céu estrelado.
sábado, 14 de agosto de 2010
Fatalidade, vida.
Que me desculpem os suicidas
mas a vida é a própria fatalidade das minhas angústias
De pulsos rasgados a minha poesia não vive
não é plena,
não é livre,
agoniza, apenas.
mas a vida é a própria fatalidade das minhas angústias
De pulsos rasgados a minha poesia não vive
não é plena,
não é livre,
agoniza, apenas.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
O que eu quero.
Será que não tem ninguém que poderia me estender a mão? E que doando-me as mãos, me desse também os braços, até que todo o corpo estivesse completamente rendido a mim.
Pois tendo o corpo, pediria então, a mente, mas uma que fosse descontrolada e caísse no meu caminho juntando-se à minha loucura e à minha sede. Pois eu quero mesmo tudo. Quero as ideias, sem molde nem freio. Quero as vontades desmedidas e a coragem de um louco. Quero tudo, nada pouco.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Dor
Onde o calor não toca,
lascívia de lábios frios
lhe consome;
dor
que o amor
esqueceu de esquentar.
lascívia de lábios frios
lhe consome;
dor
que o amor
esqueceu de esquentar.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
O ósculo
Eu li o ósculo,
E senti peso;
Sobrou aperto,
e a leveza,
na liberdade das partículas
sentimentais,
Desfez-se com o calor
do ósculo escrito,
Aquele que trouxe consigo
Tudo que já me tinha fugido;
Chorei e sonhei,
arredia,
Com o fogo,
aquele calor de tudo,
que já foi um dia;
E por ter sido, e por ser fogo (ainda)
Consumiu-me o ósculo em cinzas.
E senti peso;
Sobrou aperto,
e a leveza,
na liberdade das partículas
sentimentais,
Desfez-se com o calor
do ósculo escrito,
Aquele que trouxe consigo
Tudo que já me tinha fugido;
Chorei e sonhei,
arredia,
Com o fogo,
aquele calor de tudo,
que já foi um dia;
E por ter sido, e por ser fogo (ainda)
Consumiu-me o ósculo em cinzas.
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