terça-feira, 29 de junho de 2010

Não há.

Na verdade, lhe direi o que há entre nossos caminhos curvos. Não há amor. Isto é algo que não se encontra entre nossas curvas distintas. Há, e você pode tentar discordar, vontade; nada mais que isso, nada mais vulgar. Há vontade, e talvez uma certa necessidade, de tentar contornar essas curvas para o mesmo caminho. Há também o descobrir, o querer desvendar mistérios desses olhos, pele, boca, e um conjunto de conceitos incertos. Há calor, mas encontra-se arredio. Há, por isso, um desvario de nosso querer em nossas curvas opostas. Não há, portanto, qualquer amor, ou dor. Há o sentir demasiado, pois esse tenta estender a própria sensação a fim de tentar iludir qualquer emoção mais singela, há a paixão. Aquela que tenta entregar-se com tudo que se tem de mais louco e incomum.
Há por aqui, só nós dois no fim.

3 comentários:

  1. Sasha,

    Belíssimo, o teu blog!

    Também te agradeço pelo comentário que você fez ao meu texto Desapego, publicado (sem citação de autor) pela Fernanda Magalhães, aqui: http://brisafeliz.blogspot.com/2010/06/desapego.html

    O original, e outros textos meus estão no blog www.Mude.blogspot.com

    Abraços, flores, estrelas..

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  2. "só nós dois no fim" _ bonito ler isso!

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