quarta-feira, 14 de julho de 2010

O ósculo

Eu li o ósculo,
E senti peso;

Sobrou aperto,
e a leveza,
na liberdade das partículas
sentimentais,

Desfez-se com o calor
do ósculo escrito,

Aquele que trouxe consigo
Tudo que já me tinha fugido;

Chorei e sonhei,
arredia,

Com o fogo,
aquele calor de tudo,
que já foi um dia;

E por ter sido, e por ser fogo (ainda)
Consumiu-me o ósculo em cinzas.

4 comentários:

  1. O ósculo renasce ardente, ainda mais intenso... lava de um vulcão erupto!!!

    BeijOOO
    AL

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  2. "aquele calor de tudo,
    que já foi um dia;"

    Gostei de vir parar aqui, você precisava saber. E quanto ao texto, como já comentaram, intenso e nos dando a sensação de ósculos arrebatadores, marcantes. Até dos que já foram e, mesmo assim, de certa forma ainda são. E, um detalhe que sempre me cativa, talvez pelo fato de não dominá-lo: os versos.

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