terça-feira, 29 de junho de 2010

Não há.

Na verdade, lhe direi o que há entre nossos caminhos curvos. Não há amor. Isto é algo que não se encontra entre nossas curvas distintas. Há, e você pode tentar discordar, vontade; nada mais que isso, nada mais vulgar. Há vontade, e talvez uma certa necessidade, de tentar contornar essas curvas para o mesmo caminho. Há também o descobrir, o querer desvendar mistérios desses olhos, pele, boca, e um conjunto de conceitos incertos. Há calor, mas encontra-se arredio. Há, por isso, um desvario de nosso querer em nossas curvas opostas. Não há, portanto, qualquer amor, ou dor. Há o sentir demasiado, pois esse tenta estender a própria sensação a fim de tentar iludir qualquer emoção mais singela, há a paixão. Aquela que tenta entregar-se com tudo que se tem de mais louco e incomum.
Há por aqui, só nós dois no fim.

sábado, 26 de junho de 2010

Tu

Tu
Tu há de saber a dor
a dor que me desfaz
pois eu nunca fui tão súplica
nunca estive de joelhos
nunca me mostrei, diante de sentimento algum,
ser toda desespero.
Mas tu,
tu há de ser o único
a sentir-me amor
a saber-me assim
do avesso
completa
e contrária
à tudo que sinto, que sonho, que penso.

domingo, 13 de junho de 2010

algo.

Há um peso chamado saudades
carrego-o nos meus ombros
por estar vazia de qualquer resto de dignidade


perdoem-me pelos escritos escassos de ultimamente. espero voltar ao normal em breve.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Eu.

O que serei daqui pra frente, nem sei mesmo se o tempo dirá. Acho mais provável que o relógio que empurra os minutos, seja mais capaz de me confundir do que me explicar. Não sou uma verdade concisa. Sou só o tempo corrido, transformado, agitado. Sou uma mistura de tendências atrasadas, gosto conformado, vontades futuras, adiantadas, inquietas. Sou tudo o que perdi de mim, sou poeira acumulada na estante. Sou um conjunto de novos ventos que continuam soprando dentro de mim.

Coisinha adolescente e confusa, escrevi faz um tempo, mas me traduz completamente hoje em dia.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Preconceito.

Às vezes algumas opiniões cansam até minha capacidade de argumentação. Chego a pensar que não vale à pena, e por isso faço uso de uma vulgaridade qualquer, somente para expressar meu profundo desprezo e perplexidade ante a banalização da sociedade. Se me dizem, por exemplo, que Britney Spears está acima de qualquer coisa que eu já escutei, mando simplesmente que se afoguem em suas respectivas merdas, tomem no meio de seus respectivos cus, vão para perto da massa acéfala que os criou, e que simplesmente mantenham-se afastados de mim.

Ah sim, eu preservo certos preconceitos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

obsceno.

Não me confunda com a sua obscenidade
Lembre-se que isto não é um manifesto de personalidade
Lembre-se que é vontade vulgar
Não sabe se ama, não sabe se mata
E que na própria liberdade se perde
Pois a carne se expõem
E o espírito se cala.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

começando..

senti um desconforto sórdido por parte do seu beijo
não havia mais desejos nem paixões famintas
a língua se contia no seu explorar lento e delicado
nada excitava-me a loucura
nada mais interessava-me o corpo
...
percebi em ti mais amor do que meus sentimentos necessitavam.