terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Amor sem doer.

 Eu lembro que uma vez eu amei alguém. E digo que foi amor, pois foi amor sim, sem medo. E talvez essa seja a única vez que eu não sinta receio de fazer tal afirmativa, pois o envolvimento com este alguém foi tão leve, que não teve tempo de me chatear, de me fazer duvidar, de me sentir obcecada ou de me sentir cansada. Foi tudo como deveria ter sido. Ao vê-lo passar, meu coração batia mais forte, eu sorria sem maiores motivos, o meu dia inteiro melhorava. Também não havia esperanças.  Havia apenas a certeza de que aquilo, naquele momento, era real. Eu sabia também que podia passar, e se passasse não ia me machucar. Esse amor foi um exemplo, de tão bem amado que foi. Foi o único amor que eu tive, pelo qual eu não chorei, nem me desgastei. Ele passava por mim e talvez nem soubesse o meu nome. Mas com o tempo creio que conquistei certa simpatia dele. Eu o via observar-me e sabia que o seu sorriso já sabia dos meus anseios. Mas ele ficava lá, no seu lugar, e eu também no meu, sem me levantar. E quando passou, foi mesmo como imaginei, não doeu, não me fez sofrer. Apenas sorrio até hoje quando lembro que foi amor, o mais puro e singelo, foi amor sem doer.

5 comentários:

  1. É assim que deveriam ser os amores, antes de ter motivos pra acabar que partam deixando saudades.


    :)

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  2. Talvez, todos os amores deveriam ser assim.

    Obrigada pela visita.
    Beijos

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  3. Acho que amor rima com dor.
    Acho que são com yin e yang.

    Mas se existir amor sem dor, estarei feliz de estar errada!

    beijos!

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  4. Talves tenha sido o amor 'idealizado',derivações de Platão.
    Bonito texto, adorei a singeleza.

    Beijos

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  5. acho q todo mundo devia amar pelo menos uma vez na vida...

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