sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

todos Amor.

Observando os transeuntes, vejo amor sendo sujeito que anda nas ruas limpas, e nas sujas também. Vejo amor vendendo frutas, e as comprando igualmente. Vejo amor vendendo drogas, vejo amor delirando com as mesmas, vejo amor roubando e vejo amor sendo assaltado. Vejo amor ferindo e amor ferido. Vejo amor se levantando, vejo amor se deitando. Vejo amor dobrando a esquina, passando o sinal vermelho, correndo até a escola pra buscar seu outro amor. Vejo amor parando no motel, vejo amor seguindo para o bar, vejo amor querendo viver e querendo se matar.

Pois afinal amor não se mente nem mesmo quando a situação se diz incoerente ao sentimento ou a pureza que se pensa ser amor. Amor é todo mundo que quando chega em casa, sente. Amor é todo mundo que um dia já sorriu para outro alguém, ou somente para o céu, ou para a vida por inteiro. Amor não é tão complexo quanto pensamos, amor é tudo, até o que é mal é amor ou já foi amor de alguma forma. Todos amamos, todos temos a capacidade de amar. Mas o que diferencia é a capa, a máscara, a fantasia que vestimos pra encarar uma vida dura, de cimento, de cinza e de vazio.

Ah, eu queria que todos se despissem, sem pudor. E seríamos assim, todos Amor.

2 comentários: