sábado, 26 de fevereiro de 2011

Como a morte

Amar-te é o mesmo que flertar com a morte. Olhar nos teus olhos, é sentir o frio de uma manta invisível combrindo-me com incertezas sobre o infinito. Abandonar-me aos teus instintos é saber-me livre de um corpo limitado, é sentir meus preconceitos voarem em destino de delírios condenáveis. Beijar tua boca é não acreditar no fim, é buscar a continuidade infinita do espírito e aquecer a carne com crescentes suspiros. Amar-te é entender a liberdade, e não ter medo de precipícios.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tempestade roubada


Seco como estava, o céu me chamava. Talvez tivesse conseguido localizar a tempestade sua, que eu roubei para os meus olhos. “Mas foi só por hoje”, eu lhe disse. E ele, quieto, continuou suspenso sem poder reclamar, pois também os trovões já moravam em meu peito.