domingo, 24 de outubro de 2010

A última carta para um amigo.

"Olha cara, compreenda, vodka é um entorpecente do tipo placebo. A visão embaçada, a mente embriagada, os pés que tropeçam, são todos sintomas ilusórios, provenientes de uma sede ou vontade pela liberdade na sua forma mais incoerente. A verdade é que todas as loucuras que fizestes, não foram impulsionadas a acontecer por nenhum outro motivo além de você mesmo. Até o mar a sua frente, era inocente. Sabe de onde vinham aqueles gritos que me disse que ouvia? Não estavam na sua cabeça, babaca. Eu mesmo gritava por você, eu e eles. Aqueles, sempre os mesmos.
Agora todos os dias em frente a praia, e todas as canções ali cantadas, são por mim considerados nefastos.

Sei que não vais receber isso, mas mesmo assim, abraços"

terça-feira, 5 de outubro de 2010

advertência

Cuidado que viver mata
e o perecer não é bonito
se a alma for desgastada

a inspiração veio do blog do Marcelo Mayer e Glauco Guimarães, julia & pedro (clique aqui)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Somos.

Somos a fantasia perdida
aprisionada nos domingos de tarde.
Somos a vontade sadia
tomada pelos pecados que ardem.
Somos...
Álcool e nicotina
noite serena e amiga
Somos...
Sexo com todos os gozos
meninos e meninas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O que há para nós é o encontro externo
Por dentro eu me perco e me desespero
E se não há aqui dentro um eu conciso
Não há para ti algo teu infinito
Pois como vem breve a finitude do nosso momento
Não peça, não insista, não teime
Guarde pra si a lembrança como teu alento.

domingo, 5 de setembro de 2010

carne da carne

Eu sou carne que da carne se alimenta
e que a morte tem como sina
Na pele própria, na pele fina,
Que como mata, assassina.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

sem mistérios.

Eu não tenho mais essência que se prenda ao meu interior, e que seja o meu mistério. Tudo agora me é desprendido e jogado a qualquer ombro falsamente amigo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

como um gato

Como um gato, com a certeza de um amanhã preguiçoso, talvez eu não consiguisse me preencher. Escalaria, pois, todos os muros do meu ser, para chegar até o outro lado de mim.